Uma história muito triste. Infelizmente, baseadas em fatos reais... relatadas pelo blogueiro Carlos E. Batista em seu blog "Política, humor e tumores", cujo link encontra-se ao lado, na seção Eu Recomendo.
É inaceitável que ainda hoje ocorram cenas de racismo como essas:
Há uma porção de coisas ruins acontecendo por toda parte
Por Carlos E. Batista
Alberto Milfonti viveu poucas primaveras, 23 ao todo. Fora a uma loja departamento com a namorada de 17 anos para comprar um colchão. Há pouco tempo os dois resolveram construir a vida juntos. A moça está grávida.
O segurança, desconfiado, pois o menino foi à loja de chinelo e bermuda, sacou a arma.
— Que foi? Você atirar em mim?
— Fala que duvida?
Com um tiro no rosto, o filho da moça perdeu o pai.
Alberto Milfonti era negro.
Andamos apressadamente pela Praça Pedro Lessa, perto da estação São Bento. Passo por lá todos os dias. Mendigos, vendedores ambulantes, um posto da polícia militar e muitos DVDs de pornografia... É sempre o que vejo.
Normalmente ignoro a existência de um banco, daqueles de praça mesmo, envolvendo um pequeno gramado.
Hoje, porém, sobre o banco estava um homem, cujo nome nunca saberei. Calça e sapatos surrados, blusa de lã listrada e um guarda chuva na mão esquerda. Em sua volta, dois policiais.
Um dos dois guardas estava com o braço cruzado dando ordens. O rapaz se recusava a obedecer. Além disso, enfrentava os dois.
Sem mais nem menos, o policial descruzou os braços e deu um tapa no rosto do homem. Inacreditavelmente ele reagiu e empurrou o PM.
Senti a indignação do “homem da lei” exalando por toda a praça, ele parecia bufar. Sacou a arma e logo em seguida a guardou. Tirou as algemas e prendeu um dos braços do homem, que continuava a resistir.
Ele dizia: — Você vai responder por isto, eu não fiz nada!
O homem que apanhou também é negro.