sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A porta é pela infância – parte I

 

Povo Brasileiro

(Natiruts)

Ei, povo brasileiro
Não ponha suas crianças nas ruas para mendigar
Pois a saída de nossos problemas é a educação
Se você não teve sua chance
Dê-a seus filhos então

Mesmo que não seja ainda
O momento de lutar pela revolução
Certamente se passou o tempo de buscarmos a nossa conscientização
As crianças são o futuro, mas o presente depende muito de você
Não venda sua identidade cultural
Esse é o maior tesouro que um país pode ter
Alimentar, educar, investir
Mais tarde os seus filhos vão lhe agradecer
Muita atenção no outro quinze de novembro
Quando os homens sorridentes surgem em sua TV
Pois o mensageiro arco-íris
Virá do infinito pra nos presentear
Com o livro de nossa cultura
E a música dos povos para representear
O ressurgimento de nossas raízes
Olhe, sorria, goste da sua cor
Procure sempre sua consciência
E jamais tenha vergonha de falar de amor

Ei vamos cantar
Tudo pode estar
Em seu coração

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Que vantagem Maria leva nessa?

Em meio ao debate sobre o tal do Pré-Sal, proliferam-se as notícias e as opiniões são as mais diversas. Só quem não entende muito bem é a massa, nós, cidadãos. E se não buscamos as informações, ficamos reféns da grande mídia, que insiste em querer enfiar goela baixo o discurso das empresas, e do setor privado em geral, ao invés de promover uma discussão mais profunda e informar a população dos prós e dos contras dessa que pode ser a grande descoberta para o desenvolvimento socio-econômico do Brasil.

pre-sal Foto do site: http://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2009/02/pre-sal.jpg

Entretanto, e é esse o debate que falta, devemos saber, e devemos discutir, como é que será isso? O que?

O investimento, a exploração, a gestão dos royalties, os benefícios e os males para o país. Como a população, a economia e a sociedade brasileira se beneficiará dessa proeza petrolífera?Quem vai se dar bem nessa? Os políticos? Eu, tu, eles, nós vós e eles? O Brasil?

Quando é que vamos deixar de sonhar com o país do futuro e viver o país do presente? Será que a hora está chegando mesmo? Será mesmo tudo isso o Pré-Sal? Quem é que sabe?

Tem até documentário saindo por aí:

Enfim, o que sabemos do Pré-Sal?

O que você sabe (ou acha disso tudo)???

Eu acho que precisamos discutir.

O Brasil é nosso.

Matéria da Carta Capital da semana passada coloca de forma bastante sensata essa prosa toda. Cliquem no link abaixo e leiam:

http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=4969

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tá na Folha de 14/07/2009. É o TCC de um amigo meu, Murillo. Assistam!

14/07/2009 - 16h06

Documentário "Sociedade Secreta" mostra mudanças trazidas pela reforma psiquiátrica

da Editoria de Treinamento

O cineasta Kayky Avraham entrou na equipe do documentário "Sociedade Secreta" após receber uma câmera dos diretores do filme, os então estudantes Juliana Vettore e Murillo Camarotto, formandos em jornalismo da PUC-SP.

Na época, 2007, Avraham nunca havia participado de um filme. Era usuário do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) da rua Itapeva, na região central de São Paulo, onde até hoje passa por tratamento para controlar um quadro de distúrbio bipolar com traços de esquizofrenia.

Veja vídeo

Com a câmera entregue pela equipe, Avraham começou a registrar cenas dentro do Caps e acabou como codiretor e protagonista do filme, que retrata as mudanças no sistema de saúde mental após a reforma psiquiátrica de 2001, que tem a intenção de substituir os antigos manicômios por atendimento extra-hospitalar.

Desde então, Avraham descobriu o cinema e fez outros filmes, que estão na rede.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pensamento do dia

De problemas o mundo tá cheio…

E não é difícil apontá-los.

pobreza

Fonte: Ethos

E de soluções?

Vazio?

Onde as encontraremos?

Pensemos. Ajamos.

Uni-vos!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Aos pais…

A essa figura magnifíca que se juntou a mamãe para eu nascer.

O contador de nossas melhores histórias.

O craque, mesmo que não jogue nada.

Meio gente, meio herói.

Meio “a gente”, nosso espelho.

Pai, palavra infinita. Parabéns pelo seu dia!

Chega de palavras. Dá cá um abraço, vai! Te amo!

Gente Humilde

Composição: Garoto, Chico Buarque e Vinicius de Moraes

domingo, 5 de julho de 2009

Provocações 2 – uma justa homenagem

À continuação do post anterior, venho aqui fazer uma justa homenagem a um camarada que conheci no primeiro ano de faculdade e com quem caminhei durante esses 5 anos e meio de universidade. Um camarada que tem um potencial incrível, em quem acredito e creio que será um grande pensador de nossa sociedade, ou, no mínimo, um grande economista. Porque, pra mim, já é e sempre será um grande amigo e, mais que isso, uma grande pessoa!

A seguir, o texto que segue é dele, sobre o debate publicado no último post, com um comentário bastante initeressante do debate entre Carlos Lessa, Beluzzo e Christy Pato:

Caro amigo Escobar,

Recordo-me muito bem.

Já era fim de tarde, a noite chegava como o apagar de luzes que antecede e anuncia a abertura das cortinas para um grande show.

Professores ilustres, escritores e organizadores de grandes obras, se amontoavam nas apequenadas cadeiras que foram cedidas para atender as pessoas que não conseguiram lugar nas afofadas poltronas do espaçoso auditório.

A excitação era grande, pois à mesa prometiam estarem sentados três grandes pensadores da velha e nova geração.

Essa sutil percepção, no entanto, só ficou realmente realçada quando se percebia a discrepância que as correntes de pensamento de ambos formavam. Sendo assim, considerando os dois aspectos levantados, para qualquer espectador, qualquer que fosse a corrente de pensamento, aquele prometia ser um grande debate.

Anunciava-se a presença Carlos Lessa, Luiz Gonzaga Beluzzo e Leda Paulani. Quando já sentados à mesa os dois primeiros e ilustres convidados, durante o interregno que antecipava a palestra, anunciaram a substituição da grandiosa Leda Paulani por outro debatedor, desconhecido a não ser por sua organização do evento que naqueles dias ocorria.

Surgia então à figura de Christy Ganzert Gomes Pato, ou apenas Christy Pato.

Intelectualmente desconhecido para alguns, realmente fora uma surpresa para todos os presentes, assim como para ele próprio, que, porém ao final do debate mostrou ser um intelectual altamente preparado e que vive o pensamento critico.

Pode-se dizer que nesse grande debate, além da diversão garantida pelas incessantes piadas de Carlos Lessa para com Belluzzo, houve um grande estremecer quando se entrepuseram as duas perspectivas que reinavam à mesa. O desenvolvimentismo brasileiro exposto nas figuras Lessa e Belluzzo e a crítica marxiana e dialética de Pato.

Quando Pato começou a tecer sua fala, via muitos à meu lado se esforçarem para entendê-lo, ao mesmo tempo em que procuravam melhores posições na cadeira para retirar o desconforto causado por suas fortes criticas, que conscientemente abatiam a formação e crença de muitos no conhecido ‘bate e assopra’ desenvolvimentista ao capitalismo.

O fato é que a exposição brilhante do intelectual à mesa punha pra fora a pior característica do capitalismo arraigada na formação de todos ali presentes, que de alguma forma puderam entender o que Pato falava. Belluzzo, no entanto foi o que mais se sentiu abalado e como o representante de todos os desenvolvimentistas da platéia, levantou da mesa e deixou o debate, como uma criança, que sem saber perder, ou ganhar o jogo, levava a bola embora.

Acontece que a critica marxiana de Pato clareava a essência desenvolvimentista em sua margem obscura, nem por isso negativa, mas que impulsionava o desejo de avançar o capitalismo na periferia, mesmo que como um subproduto, reproduzindo desigualdades. Tudo isso dito de uma forma diferente, tal qual uma aranha, tece uma teia lógica iniciando pelo fim sem, no entanto desaperceber-se do núcleo, que em sua amarração final antecipa o inicio de tudo. Notava-se que alguns poucos entendiam, pois pareciam que a palestra estava em outra língua, principalmente tendo como fervor o ambiente criado pelo debate e pelos debatedores. Ao final vi alguns muito irritados, e tentando “espinafrar” a gloriosa fala do desconhecido, porém sem entendê-la muito bem.

Hoje, passado esses anos se pudesse aconselhar a Belluzzo durante a palestra, gritaria: ‘Belluzzo, não vá apenas aceite a crítica e a confirme’, pois todo objeto, “deve ser tomado em suas diferentes dimensões, pelo posto e pelo pressuposto, pelo dito e pelo não dito, de maneira que, para defini-lo adequadamente, a obscuridade como forma de entendimento deve ser apropriada pelo conceito para ser utilizada na determinação dele mesmo”.

Mas certamente não seria hábil para citar Fausto ali naquele momento, pois só fui conhecê-lo depois quanto encerrei minha orientação com Christy Pato.

Como esperado por todos foi mesmo uma grande palestra. E a gravação realizada por você meu caro amigo Escobar preservou isso que agora poderá durar para sempre.

Parabéns!!

Thiago Luis Alves Maia

Nota do blog:

O link para baixar o debate citado está no post “Provocações”, logo abaixo deste.

Obrigado Thiago, pelo belo comentário, justamente aqui publicado.

Visitem o Blog do La Maia, link no lado direito da página na seção ‘Eu Recomendo’

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Provocações

Vendo uma palestra do economista Luiz Gonzaga Beluzzo no encontro da Sociedade Brasileira de Economia Política no começo deste mês, recordei de um debate que presenciei no encontro da mesma entidade no ano de 2007, no qual ele estava na mesa, acompanhado de Carlos Lessa e de Christy Ganzert Pato. Este último, aliás, protagonizou com Beluzzo um debate bastante intenso, que deu origem ao título deste post, em homenagem ao programa de uma TV pública que ainda faz programas que prestam.

Gravei o áudio do debate. Escutem e tirem suas próprias conclusões:

http://www.sharex.com.br/files/2808944244/Lessa_Beluzzo_Pato.wav.html

(com a colaboração de Thiago L. A. Maia)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Economista = cientista social

Enfim, economista.

Foram 5 anos e meio de muito estudo, muita reflexão, uma batelada de xerox, livros, boas aulas e aulas ruins. Mas enfim, formado. Economista. E agora?

Agora é partir pra próxima etapa, mas lembrando da etapa que passou. E pra melhor ilustrar, gosto sempre de recordar algo que escutei em uma das minhas primeiras aulas do curso de Ciências Econômicas da PUC-SP. Dizia, lá em 2004, o saudoso professor José Geraldo Portugal, assim: “olha, ser economista é uma difícil tarefa. Tem que estudar muito, ler muito, ler jornal todo dia, estudar diversas teorias. Percebe? Olha que ainda dá tempo de fazer Odonto. Aí é só colocar massinha no dente, brincar com aquele furadeirinha pequena… Falando sério, tem uma coisa que vocês nunca podem esquecer: a Economia é, antes de tudo, uma ciência social”. Tá claro?

Pois bem, a matemática, a estatística e a econometria são ferramentas, e devem sim ser utilizadas, claro. Não posso negar. Mas todo economista tem de ter muito claro na cabeça que suas decisões e suas escolhas, ao manejar as ferramentas e a política econômica, terão impacto direto na sociedade.

Assim, brevemente, quero dizer que nós, economistas, e principalmente os novos economistas, temos que trabalhar sempre com essa noção, pois podemos ser agentes transformadores e podemos dar uma bela contribuição para a construção de um mundo melhor, mais justo e com mais oportunidades para todos.

Para completar, segue a letra de uma música linda de Gilberto Gil:

Um sorriso

Gilberto Gil

Composição: Gilberto Gil

Eu tive um sonho
Que eu estava certo dia
Num congresso mundial
Discutindo economia

Argumentava
Em favor de mais trabalho
Mais emprego, mais esforço
Mais controle, mais-valia

Falei de pólos
Industriais, de energia
Demonstrei de mil maneiras
Como que um país crescia

E me bati
Pela pujança econômica
Baseada na tônica
Da tecnologia

Apresentei
Estatísticas e gráficos
Demonstrando os maléficos
Efeitos da teoria

Principalmente
A do lazer, do descanso
Da ampliação do espaço
Cultural da poesia

Disse por fim
Para todos os presentes
Que um país só vai pra frente
Se trabalhar todo dia

Estava certo
De que tudo o que eu dizia
Representava a verdade
Pra todo mundo que ouvia

Foi quando um velho
Levantou-se da cadeira
E saiu assoviando
Uma triste melodia

Que parecia
Um prelúdio bachiano
Um frevo pernambucano
Um choro do Pixinguinha

E no salão
Todas as bocas sorriram
Todos os olhos me olharam
Todos os homens saíram

Um por um
Um por um
Um por um
Um por um

Fiquei ali
Naquele salão vazio
De repente senti frio
Reparei: estava nu
Me despertei

Assustado e ainda tonto
Me levantei e fui de pronto
Pra calçada ver o céu azul

Os estudantes
E operários que passavam
Davam risada e gritavam:
"Viva o índio do Xingu!
"Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!
Viva o índio do Xingu!"

NÃO DESANIMEMOS NUNCA!

UNI-VOS!

domingo, 14 de junho de 2009

Problemas corriqueiros? Será só isso?

Já reparou que toda discussão sobre problemas sociais, econômicos etc. geralmente acaba nisso?

Falta de Educação.

Falta de coerência.

Falta (ou má escolha) de prioridades.

Falta de vontade política.

Será que isso será o problema de sempre?
Quando é que as discussões tomarão outros rumos?

A conclusão é sempre a mesma. Quer dizer, sempre passa por esses "problemas".

terça-feira, 9 de junho de 2009

HEDONISMO

Por José A. Pimentel

Eu li em um dos livros do Ruy Castro que, ainda mais legal do que unir o útil ao agradável, é unir o agradável ao agradável. A exaltação do desfrute.Há tempos venho ruminando sobre isso. Conheço muitas pessoas que vão ao cinema, a boates e restaurantes e parecem eternamente insatisfeitas.. Até que li uma matéria com a escritora Chantal Thomas na revista República e ela elucidou minhas indagações internas com a seguinte frase: "Na sociedade moderna há muito lazer e pouco prazer". Lazer e prazer são palavras que rimam e se assemelham no significado, mas não se substituem. É muito mais fácil conquistar o lazer do que o prazer. Lazer é assistir a um show, cuidar de um jardim, ouvir um disco, namorar, bater papo. Lazer é tudo o que não é dever. É uma desopilação. Automaticamente, associamos isso com o prazer: se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. Simplista demais. Em primeiro lugar, podemos ter muito prazer trabalhando, é só redefinir o que é prazer. O prazer não está em dedicar um tempo programado para o ócio. O prazer é residente. Está dentro de nós, na maneira como a gente se relaciona com o mundo. Chantal Thomas aborda a idéia de que o turismo, hoje, tem sido mais uma imposição cultural do que um prazer. As pessoas aglomeram-se em filas de museus e fazem reservas com meses de antecedência para ir comer no lugar da moda, pouco desfrutando disso tudo. Como ela diz, temos solicitações culturais em demasia. É quase uma obrigação você consumir o que está emevidência. E se é uma obrigação, ainda que ligeiramente inconsciente, não é um prazer. Complemento dizendo que as pessoas estão fazendo turismo inclusive pelos sentimentos, passando rápido demais pelas experiências amorosas, entre elas o casamento. Queremos provar um pouquinho de tudo, queremos ser felizes mediante uma novidade. O ritmo é determinado pelas tendências de comportamento, que exigem uma apreensão veloz do universo. Calma. O prazer é mais baiano. O prazer não está em ler uma revista, mas na sensação de estar aprendendo algo. Não está em ver o filme que ganhou o Oscar, mas na emoção que ele pode lhe trazer. Não está em faturar uma garota, mas no encontro das almas. Está em tudo o que fazemos sem estar atendendo a pedidos. Está no silêncio, no espírito, está menos na mão única e mais na contramão. O prazer está em sentir. Uma obviedade que merece ser resgatada antes que a gente comece a unir o útil com o útil, deixando o agradável pra lá.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Manifestações do público

Ando meio desligado né?


Pois é, relaxei. Desculpem-me, rs!


E olha que ideias não me faltam. “Relapsei” mesmo. Mas esse mundo anda meio maluco né? Correria danada. Falta de tempo. Relações muito frias. Estresse. Crise.


E por aí, de repente, algumas angústias se manifestam. E o povo se expressa, sempre. Uma hora dessas aí, estava eu a caminhar pela Av. Sumaré em São Paulo quando me deparo com isso:


Imagem522


E não foi a primeira vez. Deve ser a mesma pessoa. Só mudou o lado da rua.


Continua com a mesma preocupação. E coincidentemente no inverno. O mundo está mesmo frio assim é?


Imagem526


E tava assim. Frio. Poucas pessoas na rua. Carros. Um carro por pessoa. São Paulo. Trânsito. Caos.


A culpa é de quem?


Sei lá. Era só uma divagação mesmo. Falô!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sem comentários...




O jornal de segunda-feira...





As imagens falam mais que as palavras...


CORINTHIANS

Só quem é sabe o que é...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Para reflexão...

Ecos do Ão
Lenine
Composição: Lenine e Carlos Rennó






Rebenta na Febem rebelião
um vem com um refém e um facão
a mãe aflita grita logo: não!
e gruda as mãos na grade do portão
aqui no caos total do cu do mundo cão
tal a pobreza, tal a podridão
que assim nosso destino e direção
são um enigma, uma interrogação

Ecos do ão

e, se nos cabe apenas decepção,
colapso, lapso, rapto, corrupção?
e mais desgraça, mais degradação?
concentração, má distribuição?
então a nossa contribuição
não é senão canção, consolação?
não haverá então mais solução?
não, não, não, não, não...

Ecos do ão

pra transcender a densa dimensão
da mágoa imensa então, somente então
passar além da dor da condição
de inferno e céu nossa contradição
nós temos que fazer com precisão
entre projeto e sonho a distinção
para sonhar enfim sem ilusão
o sonho luminoso da razão

Ecos do ão

e se nos cabe só humilhação
impossibilidade de ascensão
um sentimento de desilusão
e fantasias de compensação
e é só ruina, tudo em construção
e a vasta selva, só devastação
não haverá então mais salvação?
não, não, não, não, não...

Ecos do ão

porque não somos só intuição
nem só pé-de-chinelo, pé no chão
nós temos violência e perversão
mas temos o talento e a invenção
desejos de beleza em profusão
ideias na cabeça, coração
a singeleza e a sofisticação
o choro, a bossa, o samba e o violão

Ecos do ão

mas, se nós temos planos, e eles são
o fim da fome e da difamação
por que não pô-los logo em ação?
tal seja agora a inauguração
da nova nossa civilização
tão singular igual ao nosso ão
e sejam belos, livres, luminosos
os nossos sonhos de nação.

Ecos do ão
Ecos do ão

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Um dado, pessoal!

Parafraseando um ilustre professor da PUC-SP, queria fazer alguns trocadilhos para cutucar a mente de vocês para certas coisas que não fazem muito sentido nesse nosso país querido. Ao mesmo tempo em que o governo anuncia verbas para o PAC, novas medidas para o seguro-desemprego etc, ainda vemos essas aberrações:


Um dado, pessoal:
Orçamento para educação em 2009 será de R$ 41, 5 bilhões.

Mais um dado, pessoal:
O orçamento oficial para a candidatura do Rio às Olimpíadas de 2016 prevê gastos da ordem de 29,5 bilhões.

Traduzindo:
A candidatura do Rio às Olimpíadas equivalerá a 71% do que será gasto com EDUCAÇÃO!

Outro dado, pessoal:
Esse valor (Rio-2016) é quase OITO vezes o que foi "investido" para tirar o projeto do Pan-2007 do papel. Quais os frutos colhidos pós-Pan?
Vejam em http://espnbrasil.terra.com.br/brasilolimpico as reportagens sobre o legado do Pan-2007.

Pergunta:
Qual a lógica disso?

Opinião do blog:
Absurdo! Temos outras prioridades a serem resolvidas antes de pensar em se candidatar a um evento dessa magnitude. Sediar então, tá longe...

Entretanto, depois do processo de escolha do Brasil para sediar a Copa-2014, com o senhor presidente da CBF, sendo bajulado pelas nossas autoridades, que dizer?

Esporte e educação estão longe de serem aliados no Brasil, o que já é uma triste constatação. E os dois tem sérios problemas a serem resolvidos antes de se pensar em Copas, Olimpíadas etc no país. Principalmente a educação... prioritariamente a Educação Básica. A porta é pela infância! Mas isso é tema pra outro post...

O que falta? Falta prioridade. E o principal: coerência!


Fontes:
http://www.agrosoft.org.br/agropag/102407.htm

http://oglobo.globo.com/rio/rio2016/mat/2009/02/13/candidatura-do-rio-as-olimpiadas-de-2016-custa-equivalente-oito-pans-754412354.asp

domingo, 4 de janeiro de 2009

Pensamento do dia

À continuação da idéia de ontem, registro um pensamento que veio à minha cabeça agora:

Lutar por mais oportunidades para todos é fazer com que mais pessoas tenham condições de sonhar!

...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Um pouco de demagogia (sem hipocrisia)

Depois de um mês sem escrever, resolvi dar as caras. Chega de pensar. Tava na hora de "falar" para vocês que diabos eu tava pensando tanto... Pois é. A vida às vezes te coloca em circunstâncias que te obrigam a parar pra pensar o que você quer dela. E o que você tá fazendo com ela... E eu parei pra pensar.

E o Ano Novo chegou. E agora é a melhor hora de falar todas aquelas coisas que a gente fala todo começo de ano.
É. Exato. Isso mesmo. Só que na maioria das vezes fica só nisso, nas palavras. E não é essa a intenção de ninguém. Ou é? Eu acho que não. Na verdade, o ano será aquilo que você (e eu) tiver disposição para que seja. O problema é que a gente só pára para pensar no final do ano que se foi e no começo do ano que chega.
A gente, porque eu também faço isso. A vida é corrida, falta tempo etc. Será? É, os textos que a gente lê dão a impressão de que o autor é a pessoa mais perfeita do mundo, não é? Haha, o cara fala tantas coisas legais que a gente sonha em ser ele um dia!
Esse ano eu pensei na minha vida. É, foi agora, no final do ano, hehe. Mas pensei. E pensei no que deu de errado. E no que deu certo. Pensa também. Você vai ver que não deu só errado. Sempre dá alguma coisa certo. E aí? Faz o que depois?
O que deu errado, você absorve e vê o que você pode fazer para não fazer igual da próxima vez, isto é, para não errar de novo. O erro serve para isso. Para te ensinar o que não deu para aprender antes de errar. Se você vai errar de novo? Vai. Você não é perfeito. Ninguém é. Mas erra menos. Ou erra de outro jeito, né? Errar igualzinho não vai rolar...
Caiu? Levanta! Sujou? Machucou? Limpa, faz um curativo... Uma hora sara. Às vezes fica cicatriz, pra você lembrar e para te ensinar a fazer diferente da outra vez. Depois de tudo isso tenha certeza que você será uma pessoa melhor, mais experiente, mais vivida etc. O que você quiser que seja.
E o que deu certo? O que deu certo você tenta continuar fazendo igual, ou melhor. O problema é que às vezes “melhorar estraga”. Portanto, vá primeiro pelo mais simples, faça igual. Ou tente melhorar aos poucos, paulatinamente.
Faça planos também, pelo menos um. E, é lógico, cumpra. Ou tente fazer por onde cumprir. Tentar traçar o caminho pode ajudar, ou pelo menos pensar em como começar. Eu fiz meus planos, alguns. Por enquanto fiz os profissionais. Os pessoais são mais difíceis, tô pensando ainda. Mas tô fazendo...
Se possível, sonhe. Isso eu faço muito. Sou um sonhador. O sonho faz bem para qualquer pessoa e faz aquilo que é difícil parecer menos difícil. Isso, é claro, se você acredita no seu sonho. E não existe sonho impossível... O nome já diz tudo: “sonho”. E no sonho, tudo é possível. Acredite.
Entretanto, repito. Faça por onde. Sonhar por sonhar também não vai rolar.

2009 será o que você quiser que seja. E 2010 também, 2011, 2012, não importa... A vida não é tão exata assim. E nada é tão lógico assim. Por isso o principal é acreditar. Tenha fé em você. Acredite em você. Espere por você, e não pelos outros. Aceitar as pessoas sem tentar mudá-las. Eu sempre ouvi assim. Você sempre ouviu assim. É difícil pôr em prática. Não é? É. Vamos treinar. Vamos acreditar! Talvez a gente consiga um pouquinho, pelo menos.
E, importantíssimo: não queira ser perfeito. Você não é. Eu não sou. Ninguém é. A vida não tem receita...
Pô, se eu conseguir fazer tudo o que eu tô escrevendo aqui, serei uma pessoa muito bacana. Mas, se eu e você agirmos assim, nossa...

E aí? Vamos tentar? Você tá disposto(a)?
Eu tô!

Só para terminar, uma coisa. Não sejamos egoístas. O mundo tá cheio de problemas. Pensemos coletivamente também. E ajamos coletivamente também. Viver sem pensar em mudar a realidade que nos cerca não vale a pena. Vale para todos. Um mundo melhor depende de todos nós. Temos também que acreditar que podemos fazer algo para melhorá-lo. Nem que seja para mudar as esquinas de nossas casas. Uní-vos!